Nome de guerra, codinome ou nome fantasia. Se você está começando no mercado de acompanhantes ou é um fã do ramo adulto, já deve ter reparado que a grande maioria dos anunciantes não usam o nome real e muito criam até personagens. No texto de hoje, vou usar a minha experiência no mercado e de quem criou um nome fantasia para explicar os motivos por trás dessa situação e, ainda, ensinar como criar o seu.
Siga a leitura que vou te contar tudo!
A Motivação e a Escolha do Nome
Não importa muito a nomenclatura, o objetivo principal de criar um personagem quando se torna acompanhante é proteger a vida pessoal do trabalho, mas claro que além disso, também é uma maneira de dar asas à imaginação e ser a pessoa que você tem vontade entre quatro paredes ou na profissão.
O primeiro passo para quem quer montar o seu personagem é escolher um nome que você se identifique ou por algum motivo que seja importante. No meu caso, como tenho nome pessoal composto, eu quis alguma coisa totalmente ao contrário, simples, que seria fácil lembrar. Daí que veio o Nina, e como na minha vida tudo tem um significado, eu decidi usar o sobrenome da minha avó paterna, da qual eu levo meu nome verdadeiro.
Foram três anos usando Honorato, até que minha família tomou conhecimento e ficaram chateados, então atendi o pedido da minha tia e exclui. Agora eu uso Sag que é, nada mais, nada menos que as iniciais no meu nome verdadeiro.
Ainda que eu necessite desse nome fantasia para trabalho, eu levo muito da minha personalidade verdadeira, mentira é algo trabalhoso para o meu cérebro. Nesse caso, eu prefiro escolher coisas que estejam relacionadas ao meu mundo real.
Me lembro de ter lido uma matéria onde a ex garota de programa Lola Benvenutti explicou que escolheu esse sobrenome porque em italiano quer dizer “bem-vindo”, algo bem sugestivo e sensual pela forma da pronúncia.
Bruna Surfistinha é outra personagem, inclusive muito marcante na história da prostituição do Brasil, e nesse caso, foi uma colega de profissão que disse que ela se parecia com uma surfista, ela gostou e adotou. É legal ter uma história por traz do nome e sempre tem algum cliente curioso que pergunta o porquê da escolha.
A importância de ter a sua marca como acompanhante
Definido o seu nome como acompanhante, monte a sua personagem com características que você talvez sempre quis ter ou mesmo com a sua própria. Costumo dizer que toda mulher tem múltiplas personalidades, ainda assim, algumas sempre se sobressaem e se estabelecem.
Pense em algo pelo qual você gostaria de ser lembrada pelo seus clientes; “a educada”, “a tímida”, “a fogosa” ou “a brincalhona”. Sempre terá algo na sua personagem que marcará cada pessoa.
O mesmo serve para os acompanhantes masculinos, que tipo de homem você será dentro do quarto? “o descontraído”, “o sensual”? “o engraçado”.
Onde buscar inspiração?
A história está aí para nos lembrar que as acompanhantes, também intituladas de prostitutas, tem seu lugar ao sol em todas as culturas. Uma rápida pesquisa nos sites de busca por palavras chaves como: prostitutas-histórias, é possível encontrar mulheres prostitutas ou meretrizes, como eram chamadas antigamente, que tiveram grande influência na sua época.
Um exemplo é Mata Hari, que na verdade se chamava Margaretha Gertruida Zelle, foi uma dançarina e performista parisiense, que mais tarde virou cortesã e conheceu Georges Ladoux, um capitão da contraespionagem francesa, segundo o site Aventuras na História.
Ele a convenceu tornar-se espiã durante o período da Primeira Guerra Mundial, e assim ela se deitou com vários homens considerados inimigos, descobriu muitos segredos, mas foi descoberta muito cedo e condenada ao fuzilamento por traição ao seu país.
Se engana quem pensa que as transexuais não marcaram seu território cedo também. Geórgia Beyer foi a primeira prefeita trans no mundo. Viveu até os 17 anos como George, a partir daí, ele descobriria o universo das drag queens e passaria a fazer shows e a se prostituir.
Mais tarde virou Georgina, tornou-se atriz e, ainda, assistente social. Permitindo que ela fizesse mudanças no sistema educacional no seu país. Em 1995 foi eleita prefeita, e após o término do mandato foi para o Parlamento estadunidense, onde brigaria pelo direitos dos gays e trans até 2007, quando se aposentou.
Nas novelas brasileiras também é possível encontrar inspiração em personagens que se destacaram na trama até mais que os protagonistas, como por exemplo a Bebel na novela Paraíso Tropical em 2007 e a Capitu em Laço de família no ano 2000. Assim também tivemos prostitutas como o centro das atenções das telenovelas como Hilda Furacão em 1998 e Tieta em 1989.
Conheça um pouco mais da história da profissão aqui.
A importância do personagem
Na verdade, se pararmos para analisar todas as profissões, de alguma forma todos nós construímos um personagem ou uma versão diferente do que somos em casa ou no dia a dia com nossos amigos e familiares. É como se tivéssemos um botão que aperta e pronto: modo trabalho ativado.
Na profissão de acompanhante não é muito diferente. A grande vantagem é que a gente realmente pode sair do personagem, desligar o celular e deixar a persona escolhida para o dia seguinte.
Muitas pessoas optam por trabalhar como acompanhante quando a vida financeira está na berlinda e não por realmente se identificar com o a profissão.
Nesse caso, é extremamente importante criar esse personagem de trabalho como proteção da sua identidade, pois mais tarde, quando não tiver mais interesse em continuar, você deleta seus anúncios e guarda na lembrança aquela fase da sua vida, sem misturar com o seu verdadeiro eu.