Até pouco tempo atrás, o lugar mais comum e fácil de se encontrar profissionais do sexo era nas ruas, seja homem ou mulher, independente de Cidade, Estado ou País.
Com a chegada das redes sociais e popularização dos celulares, nossa profissão foi positivamente atingida, passando a facilitar trabalharmos com mais segurança e por conta própria, já que antigamente (e até hoje, infelizmente) era muito comum haver agenciadores e muita exploração sexual, que vale lembrar, é crime.
Casos como esse vem diminuindo com a chegada de sites, como a Fatal Model, onde você tem total autonomia sobre seu anúncio, seu trabalho, e decide como tudo irá funcionar no seu atendimento.
Saiba mais sobre exploração sexual lendo Exploração Sexual – Como identificar e denunciar.
Porque mesmo com os recursos atuais, ainda temos profissionais do sexo nas ruas?
As pessoas em geral tendem a julgar que a mulher ou homem que está na rua não tem estudo, é sujo(a) ou não possui atrativos físicos suficientes para estar em outro lugar. Enganam-se. Já conheci mulheres lindas que se sujeitaram a uma esquina por um problema mais grave que qualquer outro que não costumamos dar atenção: falta de autoestima.
Vítimas de violência doméstica, seja física ou verbal, com traumas graves, como abuso, tiveram a autoimagem tão destruída a ponto de acharem que só mereciam aquilo, uma esquina, debaixo de sol e chuva, correndo riscos e ficando vulneráveis a drogas e mais violência. Claro que podem existir casos diferentes, como sempre é possível, mas falando em um cenário geral, infelizmente é assim.
Privês: o primeiro passo de muitas
Geralmente quando se começa nesta profissão, estamos inseguras e pensamos em como encontrar clientes com o mínimo de exposição. Aí que entram os famosos privês.
Ambientes geralmente bem humildes, às vezes sujos e com fácil acesso às drogas. Muitas pessoas que estão nesses lugares, pensam que não tem capacidade para serem acompanhantes de luxo, seja por aparência física ou falta de conteúdo e educação.
Confesso que já passei por casas assim, foi quando acordei e percebi que eu merecia e era capaz de ter mais que aquilo. Desde então passei a tentar ao máximo fazer com que essas pessoas enxergassem o mesmo, se tratarem como profissionais respeitáveis e merecedoras de um reconhecimento digno como qualquer outra.
Nesses ambientes geralmente não há o menor direito de escolha, obrigadas a atender quem quer que seja, o que só contribui para piorar a autoestima, objetificando e fazendo-as acreditar que não serão ou terão mais do que isso.
Como reconstruir a autoestima e trabalhar com segurança
Todos nós já tivemos problemas de autoestima, mulheres principalmente, já que somos constantemente forçadas a buscar um ideal de perfeição física inexistente. Quando se trabalha com o corpo imagine que isso é dez vezes pior, razão principal para termos tantas mulheres em situações de risco, recebendo pouquíssimo pelo próprio trabalho, se sujeitando a aceitar o que vier.
Hoje vemos inclusive na Fatal Model, todos os tipos de corpos, homens e mulheres “normais”, até porque quem busca uma capa de revista vai encontrar só lá, na revista.
Corpos magros, gordos, sarados, altos, baixos, cabelos de todos os tipos, pessoas de todas as cores e estilos e idades diferentes, há espaço para todos os fetiches e desejos dos mais variados, e todos são bem vindos como profissionais do sexo.
Então não pense que é preciso ter a beleza padrão da sociedade para se dar o devido valor e trabalhar com segurança, por conta própria, e fazer valer suas próprias escolhas. Busque por educação acima de tudo, até mais do que por beleza física, faça isso como investimento em você, pois conhecimento é importante e necessário em todas as áreas profissionais para se ter sucesso.
Confira outros textos de Paula Assunção no Fatal Blog: