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Gabe Spec: O Primeiro Embaixador Homem da Fatal Model

Gabe Spec: O Primeiro Embaixador Homem da Fatal Model

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Redação josef.santos

7 minutos de leitura

Esse moço, que mora em São Paulo, tem na aparência física o estereótipo que a gente adora pré-julgar, mas bastam poucas palavras para perceber que não é nada disso. Gabe Spec não quebra paradigmas, estilhaça! Por de trás do olhar sério, tem um menino sensível, inteligente e divertido, que fez da profissão de acompanhante seu trabalho e faz isso com maestria. Acompanhe essa entrevista e conheça o primeiro Embaixador da Fatal Model!

Acompanhante, Fetichista e agora, Embaixador Fatal Model: Conheça Gabriel Spec

Nina – Olá Gabriel, é um prazer ter você aqui na coluna, seja bem-vindo!

Conte um pouco para os leitores da nossa coluna sobre como você decidiu tornar-se um acompanhante?
Gabe – Nina, assim como a grande maioria dos acompanhantes, minha decisão partiu da necessidade financeira. Como precisava sair da casa dos meus pais por inúmeros problemas e questões da época, e já havia recebido propostas discretas de sair por dinheiro, resolvi tentar! Deu tudo certo, foi muito difícil no começo, mas amadureci e consegui chegar até aqui.


Nina – Você já tinha conhecidos ou amizades no meio?
Gabe – Já tinha conhecidas no meio, mas justamente por eu ter sido contratante antes de ser anunciante, forma essa da qual conheci a Fatal Model inclusive!

Nina – Como tem sido o feedback das pessoas por você ter sido escolhido o primeiro Embaixador da Fatal Model?
Gabe Tem sido extremamente gratificante! o mais legal é ter um público fiel, que me acompanha já há um bom tempo, e os principais feedbacks vêm justamente dessas pessoas, que me parabenizam não só por eu ter chego aqui, mas por toda minha longa trajetória de persistência.

Nina – Você se lembra como foi seu primeiro atendimento como profissional? Poderia contar um pouco como foi?
Gabe – Me lembro como se fosse hoje, foi um cliente que fui atender quando ainda não tinha anúncios, ele era da minha antiga academia. Eu estava extremamente nervoso, lembro que cheguei bem tenso e com um certo sentimento de culpa, claro né, que acompanhante não sentiu isso no início né? Mas deu tudo certo! Meu cliente me recepcionou super bem, sendo gentil e respeitoso (ainda mais porque percebeu minha ansiedade), e correu tudo bem, o serviço foi sexual, porém somente oral, então foi rápido e tranquilo. Depois me senti mal por um tempo, com um pouco de peso na consciência, mas contornei essa sensação rápido, e aos poucos fui atendendo mais, e realizando mais atendimentos.

Nina – Sei que você entende bastante sobre fetichismo, como começou sua relação com esse universo fetichista, foi por curiosidade ou alguém que te apresentou?
Gabe – Então, minha relação com o fetichismo foi algo progressivo! Já sabia o que era antes de maneira superficial, mas foi quando me tornei acompanhante que passei a me interessar mais de fato. Depois que decidi realmente seguir carreira no meio, comecei a ser chamado com certa frequência para realizar fetiches, foi aí que fui me sentindo atraído pelo fetichismo, o estopim veio dos fetiches de roleplay, dos quais eu precisava encenar/performar uma narrativa e um personagem.
Todavia, o que me deixou instigado e fascinado por me aperfeiçoar como fetichista, foram as reações de meus clientes quando terminávamos uma sessão, era sempre gratificante perceber a felicidade e a satisfação em seus rostos sempre quando finalizávamos, muitos acabavam até mesmo se emocionando no fim do atendimento, por terem realizados algo tão íntimo e pessoal.

Nina – Qual o fetiche que mais te pedem?
Gabe Por conta do estereótipo de cara Musculoso, barbudo e com o que meus clientes chamam de “cara de mal”, os fetiches que mais realizo são os de dominação, partindo de dentro do BDSM, conduzindo e dominando clientes que gostam de ser submissos/servir. E também na mesma frequência costumo realizar o “Muscle Worship”, Worship que vem do culto e admiração/adoração ao corpo, e “muscle” por conta dessa adoração estar voltada ao meu tipo de corpo, tanto que na maioria das sessões os clientes gostam que eu faça performances e poses de fisiculturismo.

Nina – Já aconteceu alguma situação inusitada durante um atendimento?
Gabe – Nós acompanhantes sempre somos cercados de situações inusitadas, faz parte! Mas uma situação em especial que posso citar, foi quando no meio do meu atendimento, o cliente, inesperadamente, e sabendo que eu não aceitava esse tipo de coisa, resolveu dar um forte tapa no meu rosto, foi muito repentino e inusitado, e quase me desestabilizou, mas mantive a postura profissional, encerrei antes o atendimento, e por ser um ato que não estava combinado, pelo contrário, muito bem estabelecido que eu não permitia, cobrei uma taxa pelo mesmo.

Nina – Qual o tempo de antecedência ideal para o contratante agendar um atendimento que inclui fetiches, considerando que você precisa se preparar também.
Gabe – O tempo de preparo para fetiches acaba sendo bastante relativo! Uma vez que existem fetiches mais práticos e simples de serem realizados, ex: worship, cuckold, e outros mais complexos ou detalhados que necessitam de um preparo maior, como alguns fetiches de roleplay que realizei, onde precisei dispor de elementos e objetos em meu local para dar mais veracidade à narrativa proposta pelo meu cliente.

Levando em conta todos esses pontos, acho ideal marcar as sessões com ao menos 5 dias de antecedência, para ter um preparo não só material, mas principalmente psicológico, dependendo do atendimento.

Nina – Você usa algum tipo de critério na hora de agendar com o cliente?
Gabe Sem dúvidas, na hora de agendar com o cliente, já percebo de imediato a abordagem, para eu é o ponto principal, como agendamos na grande maioria das vezes por mensagem de texto, precisamos ser clínicos na maneira da qual o cliente nos chama, na educação e no respeito conosco como profissionais. Outro ponto é a objetividade, claro que, como um trabalho, é normal que o cliente possua dúvidas, todavia muitas perguntas, específicas, e ainda mais perguntas que o próprio anúncio já esclarecem, é um forte sinal que aquele cliente não possui a intenção de contratar, mas sim de fantasiar as circunstâncias que ele coloca nas perguntas.

Para agendamento, fico sempre esperto com o DDD do cliente, sendo de fora, é um fator a nos deixar levemente alertas, por conta principalmente de trotes que muitas pessoas costumam passar. Tendo uma boa abordagem e sendo relativamente objetivo, já me tranquiliza de sua real intenção em contratar, o passo final é pedir a localização caso seja um número de outro estado, para precaver dos trotes, e um sinal com parte do cachê adiantado, para deixar o dia e horários reservados na agenda. Claro que, como garantia pro cliente confiar parte do cachê antecipada pra mim, eu sempre passo minhas informações pessoais, e no meu caso, até minhas redes sociais, para tranquilizá-lo de qualquer golpe ou extorsão.

Nina – O que você acha que é seu diferencial como acompanhante?
Gabe – Acho que meu principal diferencial é a comunicação, não vejo e muito menos trato meus clientes como “objeto”, trato como ser humano, claro que sempre mantendo a postura profissional, mas creio que uma boa comunicação é essencial não somente para passar confiança, mas também para deixar os clientes mais confortáveis e tranquilos, afinal, estamos lidando intimamente com cada um deles, e intimidade demanda confiança.
Fora isso, meu grande diferencial é como fetichista, por ser desde sempre uma pessoa expressiva, comunicativa e caricata, consigo realizar com excelência quaisquer fetiches, ainda mais os que demandam certa performance artística.

Nina – Falando em família, como eles lidam com a sua profissão?
Gabe Minha família hoje em dia é extremamente tranquila, não possuem quaisquer tabus ou receios em relação ao que faço. Mas claro que nem sempre foi assim, quando contei, acabei gerando muita preocupação, principalmente com a minha saúde e segurança, mas fui educando eles a respeito não só de meu meio, mas da maneira que trabalho, dos tipos de clientes que atendo, e das devidas precauções que tomo, hoje em dia não somente são receptivos com o que faço, como também se interessam em saber sempre mais.

Nina – É comum que acompanhantes masculinos atendem mais homens, mas quando o atendimento é com uma mulher, qual o segredo para ser um momento agradável para ela?
Gabe – Essa é uma questão extremamente pertinente! Como a mulher acaba sendo mais oprimida em nossa sociedade em relação a sexo no geral, o público feminino naturalmente possuí um receio muito maior em contratar, ainda mais se tratando de um profissional homem, portanto é necessário ser sempre não somente educado, mas solícito e paciente, pois é natural que tendo mais receio, ele venha acompanhado de mais dúvidas, então eu sempre me disponho a tirar essas dúvidas previamente, a fim de deixá-las o mais tranquilas possível. E pessoalmente paciência, para conduzir o atendimento de maneira mais suave, e não ser abrupto ou invasivo, deixando que a cliente se sinta à vontade para que as coisas ocorram de maneira fluída.

Nina – Sabemos que é comum o uso de pílulas estimulantes de ereção, não quero entrar muito nesse assunto agora, mas qual conselho você daria para alguém que começou agora e quer fazer uso?
Gabe – O conselho que dou para os que estão iniciando e buscam fazer o uso, é que tenham consciência e discernimento para entender que estes medicamentos não são “criadores de libido”, não fazem com que milagrosamente você tenha uma ereção, tanto que, se você possui ansiedade, ela irá inibir a ereção independente do medicamento, justamente pela ereção ser algo PSICOLÓGICO, os medicamentos genéricos disponíveis nas farmácias são vasodilatadores, portanto, não farão nada além de facilitar a passagem do sangue para os capilares do pênis, somente isso. Não digo para não fazerem o uso, mas é preciso saber fazer com consciência.


Nina – O que você mais gosta no seu trabalho como acompanhante e influencer?
Gabe O principal que mais gosto dessa relação de acompanhante x influencer é justamente usar minha posição de influenciador como veículo para transmitir informação e educar o público geral a respeito do que faço, mostrar principalmente que certos tabus que existem dentro de nossa sociedade são descabidos e equivocados, busco sempre combater a ignorância generalizada de maneira leve (com os memes do tiktok por exemplo) e passiva.

Nina – Se você tivesse começando hoje, qual conselho daria para o Gabriel de alguns anos atrás? Faria alguma coisa diferente?
Gabe – O principal conselho que daria para o Gabriel de alguns anos atrás seria para ele buscar se valorizar, o meio de Acompanhante infelizmente tem uma forte influência a fazer com que você sobreviva pelo dinheiro, logo a tendência é fazer com que você muitas vezes acabe se desvalorizando, aceitando muito pouco, não pedindo garantias, o que gera e me geraram experiências bem negativas. Mas jamais mudaria nada, consegui tirar o melhor de tudo oque aconteceu até hoje, me tornando a pessoa e profissional que me tornei.

Confira também outras entrevistas que Nina Sag realizou para a Fatal Model:

https://fatalprod.josef.com.br/blogrelatos/entrevista-com-paula-assuncao-acompanhante-e-colunista-fatal-model/
https://fatalprod.josef.com.br/blogrelatos/nina-sag-entrevista-a-acompanhante-natalie-cortez/
https://fatalprod.josef.com.br/blogrelatos/entrevista-com-lolla-poltronieri-embaixadora-fatal-model/

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