Dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. No início, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial entre mulheres e homens, mas, atualmente, ela simboliza muito mais do que isso: a luta das mulheres contra o machismo e todos os tipos de violência.
Ser mulher na nossa sociedade poder ser considerado um grande desafio. Diariamente, acompanhamos notícias de relatos de violência contra o chamado sexo frágil – que, de frágil, não tem nada. Pelo contrário: é preciso ser muito forte para resistir aos mais diversos tipos de agressões a que as mulheres estão expostas no seu dia a dia. Mais do que resistir, é necessário lutar e ter voz contra esse perigoso cenário.
Não podemos negar, no entanto, que algumas importantes medidas já foram tomadas visando impedir que esses relatos sigam frequentes. A Lei Maria da Penha, por exemplo, sancionada em 2006, no Brasil, pode ser vista como um marco histórico nessa constante luta.
O Dia da Mulher, portanto, é, acima de tudo, uma data para lembrar que lugar de mulher é onde ela quiser – no trabalho que ela quiser, com as pessoas que ela quiser.
A Mulher e o Direito de Trabalhar Como Profissional do Sexo
Se lugar de mulher é onde ela quiser, isso também implica na sua liberdade de poder escolher o seu próprio trabalho, a sua fonte de renda. Ainda assim, aquelas que, por seus motivos, optam por trabalhar como acompanhantes são diariamente apontadas pela sociedade como pessoas inferiores às demais.
A profissão considerada a mais antiga do mundo, em 2002 tornou-se uma atividade reconhecida como profissão no país, oficializada pelo Ministério do Trabalho, definida formalmente como “profissional do sexo”. Não é, portanto, ilegal trabalhar nesse ramo. Então, por que ela ainda é vista com olhos tão preconceituosos?
Na verdade, a resposta para essa pergunta pode ir para além da profissão. A sexualidade feminina, como um todo, ainda é um tabu para nossa sociedade. Vamos pensar no ponto de vista dos clientes que procuram por profissionais do sexo. Se são homens, nada mais natural; afinal, “homens precisam de sexo”.
Mas, e se forem mulheres em busca de prazer momentâneo? Aí, a visão muda completamente. Mulher que busca apenas prazer é considerada promíscua, “vagabunda”. A ideia de que, para os homens, isso é normal, não é empregada para as mulheres. Elas “não podem” procurar apenas por sexo. Afinal, mulher “tem que casar e constituir família”.
E não se engane: embora o movimento feminista tenha trazido grande avanço para as profissionais do sexo, esses pensamentos machistas ainda estão fortemente enraizados na nossa sociedade. São eles os responsáveis por tanto preconceito em relação àquelas que optam por trabalhar como acompanhantes.
Vencer o Preconceito da Sociedade é um Dever de Todos
Mudar o cenário machista em que muitas mulheres estão inseridas é uma missão que precisa ser levada a sério, dia após dia, por todos nós. Vale lembrar que até mesmo as próprias mulheres acabam cometendo atitudes e pensamentos machistas; ou seja, esse não é um problema que diz respeito somente aos homens – embora, é claro, eles sejam os maiores responsáveis pela prática.
Não há, aliás, outra maneira de tornar a profissão de acompanhantes digna de respeito, longe do preconceito instaurado pela sociedade, que não essa: combatendo o machismo. Afinal, as mulheres também gostam de sexo, também têm direito de escolher sua profissão e, acima de tudo, podem estar onde elas quiserem.
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