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Desconstruindo a Masculinidade Tóxica: Origens, Consequências e Desafios

Desconstruindo a Masculinidade Tóxica: Origens, Consequências e Desafios

Foto de Redação josef.santos

Redação josef.santos

3 minutos de leitura

Provavelmente você já ouviu falar sobre masculinidade tóxica e seus efeitos negativos na sociedade, não é mesmo? Ela se refere a uma forma de comportamento masculino que promove ideais rígidos e prejudiciais de masculinidade, estabelecendo expectativas irrealistas e prejudiciais para os homens. 

Sabe aquele papo de “homem machão”, “homem não chora”, “homem tem que ser homem e gostar de mulher”, etc.? Essas são algumas características da chamada masculinidade tóxica. E, cá entre nós, nossa sociedade está cheia de homens com esse tipo de pensamento e comportamento, infelizmente.

Acontece que a ala masculina que compactua com isso gera uma série de problemas, não só a eles, mas principalmente às mulheres com quem eles convivem. Homens machistas, homens que agridem, estupram e que, definitivamente, não respeitam as mulheres.

Por isso, mais do que nunca, precisamos falar sobre masculinidade tóxica como forma de alerta e, principalmente, para evitar os males que esse tipo de comportamento pode gerar – tanto para os homens como para todos com quem eles convivem.

Afinal, o que é a masculinidade tóxica?

A masculinidade tóxica pode ser entendida como uma construção social que impõe normas restritivas e prejudiciais aos homens. Ela promove a ideia de que os homens devem ser sempre fortes, dominantes, agressivos, emocionalmente reprimidos e, claro, héteros.

Esses ideais inatingíveis causam efeitos prejudiciais tanto para os homens que tentam se encaixar nessas expectativas quanto para as pessoas ao seu redor.

Os homens são frequentemente ensinados a não expressar emoções além da raiva, o que pode levar à repressão de sentimentos legítimos, como tristeza, medo e vulnerabilidade. Essa repressão emocional pode ter consequências graves para a saúde mental dos homens, levando ao isolamento emocional e à dificuldade de se conectar com os outros.

Além disso, a masculinidade tóxica muitas vezes promove a agressividade como uma forma de afirmar poder e controle. Isso pode levar a comportamentos violentos, tanto físicos quanto verbais, prejudicando as relações interpessoais e contribuindo para os altos índices de violência doméstica e agressão sexual.

Da mesma forma, esse tipo de masculinidade reforça a ideia de que os homens são superiores às mulheres, alimentando a desigualdade de gênero e a discriminação. Essa mentalidade pode levar à objetificação das mulheres, a desrespeito pelos direitos das mulheres e ao reforço de estereótipos prejudiciais.

Acontece que nem todos os homens compactuam com esse comportamento, mas muitos são pressionados a atender aos ideais de masculinidade tóxica – o que é herança da nossa sociedade de cultura, ainda, extremamente machista.

A cultura machista e sua grande parcela de culpa

Quem leva a culpa pelos inúmeros homens tóxicos presentes em nossa sociedade atual? 

Sem dúvidas, a cultura machista é a principal causa desse problema social. Acontece que o machismo é um sistema de crenças que coloca os homens como superiores e encoraja a opressão das mulheres. 

A sociedade, historicamente dominada por valores patriarcais, promoveu a ideia de que os homens devem ser fortes, provedores, competitivos e dominantes. Esses ideais foram transmitidos ao longo das gerações e continuam a influenciar as percepções de masculinidade atualmente. Por isso se livrar dessas amarras ainda é tão difícil.

A cultura machista contribui para a criação de normas de gênero restritivas, que afetam negativamente não apenas os homens, mas também as mulheres – as principais vítimas desse comportamento e da masculinidade tóxica.

E o que pode ser feito para combater esse problema? 

Jamais a masculinidade tóxica deve ser combatida com violência ou qualquer coisa nesse sentido (violência fomenta ainda mais violência, certo?). Muitos homens adotam essa postura por medo, influência e pressão externa. Por isso, falar sobre o assunto, mostrar a quão prejudicial, perigosa e repugnante é essa postura é a melhor alternativa.

Afinal, ninguém muda uma cultura da noite pro dia, principalmente em se tratando do machismo enraizado na nossa sociedade. Mas o caminho exige paciência, persistência e vontade de fazer a diferença.

Por isso é essencial promover uma redefinição da masculinidade, que valorize a empatia, a expressão emocional saudável e a igualdade de gênero. Somente com uma abordagem mais inclusiva e respeitosa, poderemos criar um ambiente em que todos possam se desenvolver plenamente e viver de acordo com suas as próprias identidades, sem a busca por nenhum estereótipo ou padrão social.

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