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Beleza é critério de escolha para atender um cliente?

Beleza é critério de escolha para atender um cliente?

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Redação josef.santos

2 minutos de leitura

“Beleza não põe a mesa” é um provérbio que nos lembra que a beleza, por si só, não garante sustento. Para nós, acompanhantes, essa realidade pode ser ainda mais literal, já que nem todo cliente possui aquela aparência que inspira admiração, mesmo sob luz forte. Mas sejamos sinceros: quem nunca, seja homem ou mulher, independentemente de orientação sexual, ficou com alguém que, na hora de mostrar a foto para os amigos, precisou buscar o melhor ângulo, e ainda assim justificou com um “ele não é fotogênico”? E o pior: fez isso de graça, né?

Uma pergunta frequente que recebo, e que muitas vezes impede algumas mulheres de se imaginarem nessa profissão, é sobre a dificuldade de atender pessoas por quem não sentem atração. Seja pela aparência, idade ou qualquer outra característica visual, essa dúvida sempre aparece. Confesso que eu, pessoalmente, não posso reclamar dos meus clientes. Olhando para o histórico dos meus ex-namorados, talvez eu até tenha um fetiche por pessoas “fora dos padrões”. Sim, existe até um termo para isso: unatractifilia. Mas, no meu caso, acho que era só um gosto questionável mesmo.

Com o tempo e a experiência na profissão, aprendi que o tesão, o prazer e as sensações que uma relação sexual proporciona estão muito mais ligados ao que sentimos do que à aparência de quem está nos proporcionando isso. Vou te explicar melhor.

Beleza é só o começo: o prazer vai muito além do que os olhos podem ver

Pense numa massagem: muitas vezes, você nem sabe como é o/a massagista, mas o toque é capaz de proporcionar extremo bem-estar. Ou, quando usamos um vibrador, por exemplo, ele pode nos levar ao clímax mesmo sendo um objeto sem rosto e, muitas vezes, até feinho. O prazer vai muito além da beleza. Além disso, por mais “fora do padrão” que uma pessoa possa ser, sempre existe algo atraente: seja a inteligência, o jeito de vestir, a postura, o que ela diz, ou até mesmo a performance na cama. Afinal, de que adianta ser bonito e não saber o que fazer com isso?

É claro que um cliente bonito faz diferença, e seria hipocrisia minha dizer o contrário. A atração pode vir de todos os sentidos – pele, cheiro, gosto, aparência –, e tudo isso adiciona um “plus”, especialmente em um atendimento onde não há intimidade prévia.

No fim das contas, nós, acompanhantes, enfrentamos desafios semelhantes aos de qualquer outra profissão: lidar com pessoas nem sempre agradáveis, seja fisicamente ou no comportamento. A diferença? Nós, às vezes, conseguimos até gozar com um “feio” – e ainda somos pagas por isso. Você provavelmente vai acabar só com vergonha mesmo.


Leia mais da Colunista Paula Assunção:

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