Hoje é o Dia Mundial do Amor, e para celebrar essa data, trago uma reflexão um tanto quanto romântica sobre a relação entre cliente e acompanhante. Afinal, acompanhante faz sexo ou amor?
As relações pessoais e profissionais vêm sendo impactadas pelas transformações sociais ao longo do tempo, e com o trabalho sexual não é diferente. Antigamente, os clientes procuravam os serviços de uma acompanhante com um interesse majoritariamente no ato sexual. Já nos dias atuais, particularmente falando, os clientes buscam mais um contato afetivo, companheirismo e, em alguns casos, até falam de amor.
Falando um pouco das minhas experiências como acompanhante, tenho um cliente que insiste em dizer que fazemos amor. Confesso que, no início, isso me causava estranhamento e até irritação, e eu sempre deixava claro que se tratava de sexo pago. Mas ele retrucava e dizia que, para mim, era só sexo, mas para ele, era amor.
Depois de muita reflexão sobre o assunto, cheguei à seguinte conclusão: por que não deixar o meu cliente com as fantasias dele? Percebi também que, muitas vezes, aquele momento com uma acompanhante é o único de carinho e atenção que o cliente tem em semanas, ou até meses, ainda que seja um homem casado. Enquanto para nós, profissionais, é apenas mais um cliente, para ele, pode ser um momento único e inesquecível.
Toda essa reflexão me fez mudar de comportamento. Desde que o “amor” vivenciado nas fantasias dos clientes não me atinja negativamente e respeite os limites profissionais, decidi não destruir mais as fantasias daqueles que não fazem sexo, mas sim amor.
Gostou do texto? Conheça a autora, Frida Carla