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O discurso de Mikey Madison no BAFTA e a importância da representatividade para trabalhadores sexuais

O discurso de Mikey Madison no BAFTA e a importância da representatividade para trabalhadores sexuais

Foto de Redação josef.santos

Redação josef.santos

3 minutos de leitura

Na cerimônia do BAFTA 2025, realizada neste domingo (16), Mikey Madison, protagonista de Anora, fez um discurso marcante ao vencer o prêmio de Melhor Atriz. Ao subir ao palco, dedicou a conquista aos trabalhadores sexuais, afirmando que eles merecem respeito..

“Eu quero aproveitar este momento para reconhecer a comunidade dos profissionais do sexo. Vocês merecem respeito e dignidade. Eu sempre serei uma amiga e aliada. Incentivo as outras pessoas a serem também”, declarou a atriz.

O impacto de sua fala foi imediato, gerando repercussão dentro e fora da indústria cinematográfica. O reconhecimento desse grupo em um evento de prestígio como o BAFTA é importante, mas também levanta uma questão essencial: o quanto o cinema realmente contribui para mudar a forma como a sociedade enxerga esses profissionais?

Embora discursos como o de Madison sejam um avanço na humanização do debate, a forma como o cinema representa trabalhadores sexuais ainda é um problema. Anora, por exemplo, reacende o estereótipo do profissional do sexo como ingênuo e vulnerável, reforçando uma narrativa que há décadas domina as telonas, ignorando a diversidade de experiências dentro desse universo. O filme não aprofunda a complexidade da personagem e a coloca sempre em situações onde sua trajetória depende das decisões e desejos masculinos. Essa abordagem reflete uma visão limitada e pouco representativa das múltiplas realidades dessas pessoas.

A personagem de Anora tem suas emoções e desejos tratados de forma superficial, sem explorar suas ambições, dilemas ou vida pessoal além do relacionamento. Essa abordagem simplista reforça uma visão limitada sobre o trabalho sexual. A linha entre a vida profissional e pessoal da protagonista é borrada a ponto de parecer inexistente, o que enfraquece a construção da personagem. Sem um desenvolvimento que mostre suas motivações e conflitos internos, sua história parece guiada apenas pelos acontecimentos ao seu redor, sem que ela realmente os conduza.

A Fatal Model, enquanto plataforma que valoriza a independência e os direitos desses profissionais, vê com bons olhos o reconhecimento desse debate no espaço público. No entanto, ainda há um longo caminho para que suas histórias sejam contadas de forma realista, sem estigmatização e com representatividade genuína.

Como a Fatal Model fortalece a visibilidade e a segurança dos profissionais do sexo

Enquanto o cinema ainda luta para construir narrativas mais autênticas, a Fatal Model trabalha diariamente para garantir que esses profissionais tenham voz, visibilidade e segurança. Somos a maior plataforma de anúncios do Brasil, onde profissionais do sexo podem divulgar seus serviços de forma gratuita e sem intermediários.

Além disso, a segurança é uma das nossas prioridades. Por isso, criamos a opção Reputação do Cliente, que permite que os profissionais do sexo avaliem e consultem informações sobre contratantes na plataforma, através dos relatos de outras acompanhantes Fatal Model. Dessa forma, é possível verificar se um cliente já recebeu avaliações, ajudando a identificar boas experiências ou evitar problemas. Essa opção dá mais controle e segurança para quem anuncia, reduzindo riscos e tornando os encontros mais tranquilos e previsíveis.

Nossa atuação também vai além do digital: estamos nos estádios de futebol, com a marca da Fatal Model presente em jogos pelo Brasil, reforçando que esses profissionais merecem visibilidade e respeito. Investimos em mídia Out of Home, com anúncios espalhados por diversas cidades, normalizando a presença dessa categoria na sociedade.

E para promover ainda mais o protagonismo dos trabalhadores sexuais, criamos iniciativas como o Clube do Livro, onde histórias contadas por esses profissionais são lidas e discutidas, trazendo suas vozes para o centro da conversa. Porque acreditamos que quem deve contar a história dos trabalhadores sexuais são eles mesmos.

O debate sobre representatividade não pode parar nas telas do cinema. A Fatal Model segue trabalhando para que esses profissionais sejam vistos, respeitados e tenham suas histórias contadas de forma legítima e sem preconceitos.

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