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A Traição de Neymar

A Traição de Neymar

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Redação josef.santos

2 minutos de leitura

Não se falou em outra coisa na semana passada que não fosse a suposta traição de Neymar. A notícia veio à tona após o pronunciamento de uma das acompanhantes que teria sido contratada para uma festinha na qual estavam o artilheiro e mais alguns amigos.
A mídia se encarregou de espalhar os vídeos sensacionalistas sobre o assunto, priorizando os depoimentos da acompanhante e a atitude imoral de trair uma mulher grávida.

Entretanto, o aspecto que mais me fez refletir foi a questão ética envolvida. Uma das premissas básicas do trabalho de uma acompanhante é justamente manter sigilo em relação aos seus clientes. Não existe um código que regulamente a (suposta) profissão mais antiga do mundo, mas toda profissional sabe – ou deveria saber – que seu sucesso depende, em grande parte, de sua habilidade em ser discreta.

Quando vejo alguém gritar aos quatro ventos que saiu com fulano ou ciclano, independentemente do ganho pessoal que isso possa trazer, só consigo ver uma completa falta de sensibilidade. A menos que a profissional tenha sofrido algum tipo de violência ou injustiça, nada justifica expor o outro. Poderia até ser o caso de algum presidente de direita que gostasse de ser penetrado. Ainda assim, ninguém merece ter sua intimidade revelada. Esse pacto de confidencialidade está implícito em toda contratação envolvendo acompanhante e cliente – bem como em muitos outros contratos profissionais também. Imagine se os advogados saíssem por aí expondo as tendências criminosas de seus clientes?

Há ainda mais um agravante: se, de fato, ela recebeu os supostos 20 mil reais que menciona em vários vídeos – um valor substancialmente maior do que o cachê anunciado antes da polêmica, por exemplo – não seria de bom tom manter a discrição? É possível que o valor inflacionado incluísse o comprometimento dela com o sigilo, o que nunca saberemos.

Entendo a manobra expositiva como uma ferramenta de autopromoção. Dizer que saiu com um astro do futebol pode “alavancar” o trabalho dela. Por outro lado, penso que qualquer outro peixe grande desconsidere por completo a intenção de contratá-la, já que corre o risco de ter a própria vida exposta nos tabloides de fofoca mais sensacionalistas.

Isso para não falar na agressividade dos comentários nas redes sociais. Um preço relevável, mas odioso de se pagar.

Hoje, mais do que nunca, entendo que nossas ações têm consequências. Uma frase dita e registrada pela mídia ecoa por tempo indefinido.
Tomara que, a despeito da grande confusão gerada pelas declarações, ela tenha obtido algum benefício. Do contrário, toda a angustiante exposição terá sido em vão.


Se você presenciasse essa traição, como iria reagir? Deixe nos comentários!
Para não rolar ainda mais traição, acompanhe nossa colunista Gabi Benvenutti nas redes sociais clicando aqui. Leia também:

https://fatalprod.josef.com.br/blogcolunistas/apaixonada-por-um-homem-casado/

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