Quando a gente pensa em um profissional que atua como acompanhante, normalmente, a imagem que primeiro nos vem à cabeça é de uma pessoa nova, no auge dos seus vinte anos, seja ela homem ou mulher cis e trans, porque é nessa idade que estamos com a beleza da juventude à flor da pele.
Costumo dizer que nenhuma garota cresce com o sonho de se tornar acompanhante, mas se houve a necessidade ou a vontade de experimentar, saiba que começar nesse meio depois dos trinta não é um problema, talvez seja até melhor e vou te mostrar alguns motivos nesse artigo.
Sobre a minha vivência no mercado
A minha decisão de me tornar acompanhante veio depois de uma separação em um casamento de quase dez anos, num momento que lá atrás, nessa idade eu imaginava que estaria casada, feliz, cuidando da minha filha e com a vida profissional bem resolvida.
Não importa o quanto você planeje seu futuro, a gente não planeja a nossa vida emocional porque não depende só da gente, nem o quanto as mudanças dos fatores externos nos afetam. Em outras palavras, um dia você acorda e decide que quer ou que precisa mudar.
Embora a vantagem financeira seja sempre o carro chefe desse tipo de decisão, há sempre outros fatores. No meu caso, por exemplo, ainda que eu tivesse formação acadêmica, experiências na minha área e na comercial, decidir por ser acompanhante representava liberdade, não só a financeira, mas a de tempo, pois eu tinha uma filha e queria estar disponível para os meus afazeres maternos.
Além disso, a questão emocional também era um dos motivos, eu não queria e não precisava de um relacionamento naquela época, queria apenas sexo sem compromisso e tem jeito melhor de conseguir isso do que trabalhando como acompanhante?
Com a decisão tomada, eu comecei um processo de preparação psicológica para situações que eu poderia enfrentar, seja dentro do quarto ou quando os familiares descobrissem.
Me pergunto hoje se eu tivesse começado aos vinte, como foi sugerido por amigas na época de faculdade, se eu teria a mesma maturidade para lidar com essas questões.
Diversos caminhos, a mesma escolha
Para algumas é o dinheiro e liberdade e para outras é oportunidade. Conheci mulheres nessa profissão que decidiram ser acompanhantes depois dos trinta por diversas razões, uma delas, era ajudar o marido com as despesas da casa.
Jeniffer já estava para lá dos trinta quando decidiu ser acompanhante, na verdade ela já tinha quarenta e um, filhos adolescentes, um marido que precisava de socorro financeiro e um salão de beleza que não ia bem “das pernas”.
Já Loli, uma moça quase trintona, formada, trabalhava de forma independente e decidiu ser garota de programa porque, segundo ela, não queria mais fazer sexo de graça e porque o dinheiro extra ajudaria a curtir mais a vida viajando.
Laura e Gabi, ambas advogadas, uma casada e mãe de um menino e a outra, solteira e também independente. A primeira decidiu entrar na profissão porque a família estava passando por dificuldades financeira e a segunda porque, além do dinheiro, queria experimentar coisas que ela jurou que nunca faria.
Vantagens de ser acompanhante
• Muitos homens e casais optam por escolher uma acompanhante “mais velha” justamente pela maturidade e comportamento. Enquanto as mais novas entram no quarto só pensando no dinheiro rápido, de acordo com eles, as acompanhantes mais maduras oferecem um combo mais completo de uma boa conversa e sexo, sem contar que essa experiência sexual é maior por elas já terem tido mais parceiros.
• Acompanhantes que começam depois dos trinta, geralmente, tem objetivos bem definidos, sabendo por quanto tempo querem ficar na profissão e em que projetos pretendem investir o dinheiro que ganharem. Ouvi por diversas vezes de acompanhantes que iniciaram cedo e gastaram todo o dinheiro com roupas, baladas e não guardaram para o futuro.
• Saber discernir melhor o caráter das pessoas que as abordam com propostas que parecem boas demais.
• Encarar o trabalho como profissão e não como um passatempo.
• Compreende melhor o seu valor e usa disso para se empoderar.
Sucesso como acompanhante depois dos 30
Depois dos trinta a vida só está começando, acredite. A acompanhante brasileira Claudia de Marchi fez sucesso nas mídias brasileiras e internacionais em 2017 por largar a profissão de advogada após ser demitida de uma instituição onde atuava como professora acadêmica. Tornou-se acompanhante aos trinta e quatro anos e sabendo bem que tipo de clientes estava disposta a atender.
A australiana Gwyneth Montenegro que trabalhou como prostituta por doze anos e lançou um livro (The Secret Taboo) também em 2017 ensinando outras mulheres a ganharem dinheiro na profissão, afirmou numa matéria para um site estrangeiro que as mulheres podem ser bem-sucedidas nessa profissão em qualquer idade e que inclusive conheceu uma senhora de 70 anos que ganhava 200 euros por hora.
O que podemos aprender sobre isso, prezados leitores, a questão não é idade, há público para todos os gostos, o que importa é sempre atitude e posicionamento diante das suas escolhas. Não se apegue a idade, não se apegue a estereótipos físicos, mas se apegue as novas oportunidades de conhecer pessoas tão diferentes e até a conhecer a si próprio, do que você é capaz mesmo depois dos trinta.
Veja aqui algumas dicas para se tornar um(a) acompanhante de sucesso independente da idade.
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