Dando sequência à nossa série sobre formas de o profissional do sexo se especializar e oferecer um diferencial nos seus encontros, hoje apresentaremos o Shibari. Você já ouviu falar nesse fetiche?
Trata-se de uma antiga forma de arte japonesa que envolve a prática de amarração erótica. Com o passar do tempo, o Shibari evoluiu para se tornar uma expressão criativa e sensual que pode ser aplicada de várias maneiras na intimidade.
Para profissionais do sexo, aprender e dominar as técnicas do Shibari, sem dúvidas, é um atrativo e um diferencial e tanto para seus atendimentos. Que tal, então, buscar se especializar nessa área? Fique por aqui para conferir de que se trata o Shibari e como você pode aprender essa arte para sua profissão.
Em que consiste essa arte milenar?
O Shibari é uma antiga forma de arte japonesa que envolve a prática de amarração erótica. Também conhecido como Kinbaku, é mais do que simplesmente prender alguém (geralmente pelos pulsos) com cordas. É, acima de tudo, uma expressão criativa e sensual, que explora a confiança, a entrega e a estética.
No Shibari, o corpo do/a parceiro/a é cuidadosamente amarrado usando cordas, seguindo técnicas específicas. Essas amarrações são projetadas para realçar a beleza e a forma do corpo, enquanto também podem criar sensações físicas e emocionais intensas para a pessoa amarrada. Trata-se de uma combinação de arte visual e prática erótica, já que a estética das amarrações desempenha um papel fundamental.
Ou seja: não basta simplesmente amarrar o/a parceiro/a, certo? Há formas ideias e corretas de fazer com que esse momento seja apreciado com toda a sua entrega e segurança.
Para a pessoa que fica amarrada, ela experimenta a sensação de ser dominada, de estar totalmente refém do outro. Ela espera para ver o que será feito, quais partes do seu corpo serão exploradas, sem poder fazer nada. É uma mistura de sensações: curiosidade, um quê de medo (aquele medo bom, do desconhecido, sabe?) e muito, mas muito prazer.
Quer aprender o Shibari? Então, é preciso se dedicar
Como já dito, é essencial que a/o acompanhante aprenda as técnicas corretas do Shibari antes de sair por aí “amarrando os seus clientes”. É isso que trará o diferencial para o profissional: saber o que está fazendo, dominando a arte.
Por isso, para aprender Shibari é essencial se dedicar não só à prática, mas também à teoria por trás do fetiche. E existem várias opções para profissionais do sexo interessados em aprender essa arte, entre elas: workshops e cursos, tutoriais em vídeos online, e, claro, prática com parceiros.
Participar de workshops e cursos ministrados por instrutores experientes é uma ótima maneira de adquirir conhecimentos fundamentais e técnicas avançadas. Mas, caso isso não seja possível, é válido mergulhar pela internet em busca de conhecimento gratuito.
Há uma variedade de recursos disponíveis na internet, incluindo tutoriais e vídeos que ensinam passo a passo as técnicas básicas e avançadas do Shibari. Mas, nesse caso, é preciso ter atenção: embora, com a internet, o profissional possa “aprender sozinho”, é importante ter cuidado para seguir fontes confiáveis e garantir a segurança durante a prática.
Depois que você tiver uma boa base teórica de como funciona o Shibari, é hora de encontrar parceiros de prática interessados em “servir de cobaia” para aprimorar as suas habilidades. A prática regular permite que você experimente diferentes amarrações, explore a comunicação com seu parceiro e refine sua técnica ao longo do tempo.
Antes de aplicar o Shibari nos atendimentos, tenha atenção
Ao aplicar o Shibari nos atendimentos como profissional do sexo, é importante considerar alguns aspectos, entre eles: comunicação, consentimento, segurança e criatividade.
Acontece que, antes de iniciar qualquer prática de Shibari, o profissional precisa estabelecer uma comunicação clara com seu cliente. Por isso, é importante discutir limites, restrições e expectativas para garantir que ambos estejam confortáveis e seguros durante a sessão.
Além disso, é crucial aprender conceitos básicos sobre a anatomia do corpo humano e os pontos de pressão para evitar causar danos ao cliente. Nesse caso, é preciso utilizar cordas de qualidade e verificar, regularmente, a circulação sanguínea do/a parceiro/a durante a sessão.
Por fim, mas não menos importante, o profissional pode (e deve) colocar em prática a sua criatividade para realizar diferentes amarrações. Elas devem ser confortáveis, mas também sensuais, valorizando o/a cliente e, claro, proporcionando a ele/a aquela sensação maravilhosa de estar submisso/a e à mercê dos desejos do outro.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre o Shibari? Experimente estudar e aplicar essa técnica nos seus atendimentos. Com certeza será um diferencial que trará muitos pontos a seu favor – e levará seus clientes à loucura.