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Dia Internacional da Igualdade Feminina: uma data para ser colocada em prática

Dia Internacional da Igualdade Feminina: uma data para ser colocada em prática

Foto de Redação josef.santos

Redação josef.santos

3 minutos de leitura

Dia 26 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data foi escolhida em 1973, pelo Congresso dos Estados Unidos, em homenagem à aprovação, 53 anos antes, da 19ª emenda – que permitiu o voto às mulheres norte-americanas. 

No Brasil, o voto feminino se tornou obrigatório em 1946 – e, embora de lá pra cá avanços significativos tenham sido realizados na busca por igualdade entre os sexos, é inegável que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Para mulheres que trabalham como acompanhantes, principalmente, a necessidade de reconhecimento e respeito é ainda maior, pois a profissão segue sendo vista com olhos preconceituosos por nossa sociedade.

Por isso, o Dia Internacional da Igualdade Feminina deve ser uma data que supera uma marca importante no calendário: é preciso colocar em prática essa igualdade, para todas as mulheres. 

Mulheres acompanhantes têm, sim, liberdade de escolha

Se, como dizem por aí, “lugar de mulher é onde ela quiser”, isso também implica na sua liberdade de poder escolher o seu próprio trabalho, a sua fonte de renda. Ainda assim, aquelas que, por seus motivos, optam por trabalhar como acompanhantes, são diariamente apontadas pela sociedade como pessoas inferiores às demais.

A profissão considerada a mais antiga do mundo, em 2002 tornou-se uma atividade oficializada pelo Ministério do Trabalho, definida formalmente como “profissional do sexo”. Não é, portanto, ilegal trabalhar nesse ramo. Então, por que ela ainda é vista com olhos tão preconceituosos? 

Na verdade, a resposta para essa pergunta pode ir para além da profissão. A sexualidade feminina, como um todo, ainda é um tabu para nossa sociedade. Vamos pensar no ponto de vista dos clientes que procuram por profissionais do sexo. Se são homens, nada mais natural; afinal, “homens precisam de sexo”.

Mas, e se forem mulheres em busca de prazer momentâneo? Aí, a visão muda completamente. Mulher que busca apenas prazer é considerada promíscua, “vagabunda”. A ideia de que, para os homens, isso é normal, não é empregada para as mulheres. Elas “não podem” procurar apenas por sexo. Afinal, mulher “tem que casar e constituir família”. 

E não se engane: embora o movimento feminista tenha trazido grande avanço para as profissionais do sexo, esses pensamentos machistas ainda estão fortemente enraizados na nossa sociedade. São eles os responsáveis por tanto preconceito em relação àquelas que optam por trabalhar como acompanhantes. Em casos mais extremos, o preconceito e o machismo da nossa sociedade também são responsáveis pela morte de muitas acompanhantes. 

É por essas e por outras que essa data que remete à igualdade feminina precisa ser muito mais do que celebrada, mas colocada em prática – e esse movimento deve partir de todos nós.

https://www.youtube.com/watch?v=Z0AZlFH5bFI

A desigualdade de gênero ainda é uma realidade e um empecilho para a igualdade feminina

Embora seja uma importante conquista, ser mulher no mercado de trabalho ainda é uma luta diária no Brasil. É comprovado que os homens, além de fazerem parte do maior número da população empregada, também são os que ganham mais (muitas vezes desempenhando o mesmo papel das mulheres). Mas, quando o assunto são acompanhantes, esse cenário torna-se ainda pior.

Não é novidade para ninguém que a profissão mais antiga do mundo também é uma das que mais sofre com preconceitos – de todos os lados, desde a própria família até o restante da sociedade. Sem dúvidas, isso faz com que as (os) acompanhantes sofram no seu trabalho, perdendo a oportunidade, muitas vezes, de crescer na própria profissão por medo dos julgamentos alheios.

 Mudar o cenário machista em que muitas mulheres estão inseridas é uma missão que precisa ser levada a sério, dia após dia, por todos nós. Vale lembrar que até mesmo as próprias mulheres acabam cometendo atitudes e pensamentos machistas; ou seja, esse não é um problema que diz respeito somente aos homens – embora, é claro, eles sejam os maiores responsáveis pela prática. 

Não há, aliás, outra maneira de tornar a profissão de acompanhantes digna de respeito, longe do preconceito instaurado pela sociedade, que não essa: combatendo o machismo. Afinal, as mulheres também gostam de sexo, também têm direito de escolher sua profissão e, acima de tudo, podem estar onde elas quiserem.

https://fatalprod.josef.com.br/blogdicas/empoderamento-como-a-educacao-financeira-vem-ajudando-as-mulheres-brasileiras/

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