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Marido de Aluguel

Marido de Aluguel

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Redação josef.santos

2 minutos de leitura

Imagine a cena: Você chega em casa, seu marido está te esperando com a comida pronta, a casa limpa, o aspirador de pó consertado e o rangido da porta da sala eliminado. Ele está usando roupas limpas, cheirosas e sem estampas. Te serve o jantar — que está delicioso — e ainda diz que a sobremesa verdadeira será você (embora ele também tenha preparado uma sobremesa gastronômica).

Tá, eu sei que exagerei um pouco. Esse enredo está mais para conto de fadas do que vida contemporânea. Vamos tentar uma versão mais plausível:
Você chega em casa, seu homem tirou o lixo (inclusive o do banheiro) e recolocou os saquinhos; arrumou o chuveiro, que você havia reclamado naquele dia (e não seis meses atrás) que não estava esquentando direito; te recebe com um beijo e pergunta, genuinamente interessado, como foi seu dia. Ele espera você terminar de contar, te pega pela mão, diz que vai cuidar de você e te faz o melhor oral da sua vida. Tenho certeza de que você abriu um sorrisinho sonhador agora.

Recentemente, tenho conversado com alguns acompanhantes homens. Eles relatam que a procura de mulheres pelos seus serviços tem aumentado cada vez mais. Dois dos profissionais com quem conversei se dedicam exclusivamente a atender mulheres, já que a demanda é alta. Desde companhia para um jantar ou peça de teatro até viagens internacionais, a possibilidade de uma mulher contratar um garoto de programa parece cada vez mais palpável — literalmente. Quando pergunto se as contratantes costumam ser ricas, um deles afirma que a opção de parcelamento via cartão permite que até mulheres com renda mais modesta possam fazer esse investimento.

Conforme vou ouvindo as anedotas, percebo que o principal objetivo dessas mulheres, nos encontros, talvez não seja o sexo em si, mas a possibilidade de não serem o homem da própria vida, ao menos por um par de horas. Explico: quase todas as mulheres do meu círculo social têm homens praticamente inúteis ao seu redor. Acostumados a terem mulheres que controlam tudo e resolvem todos os problemas, eles se sentam no sofá, na frente da TV, e tomam sua cerveja calmamente, enquanto o mundo desaba lá fora.

Por um lado, a culpa é nossa mesmo. Afinal, cansadas de pedir a mesma coisa 200 vezes, aprendemos que é mais fácil fazer nós mesmas. Foi exatamente assim que criamos um exército de folgados preguiçosos.

É verdade que queremos nossa autonomia e liberdade, mas será que não dá para andar junto? Ter uma vida afetiva verdadeiramente compartilhada? Na saúde e na doença, no prazer e nas tarefas domésticas?

Com isso tudo, fiquei pensando… imagine se criassem uma nova categoria de trabalho: um marido de aluguel, no sentido bíblico do termo. Você contrata o cara, ele vai até você, resolve tudo na sua casa, te come gostoso e não se vangloria depois, achando que fez algo grandioso. Problemas resolvidos com um total de zero cuecas para você lavar, nem toalha molhada em cima da cama. Seria essa a definição de paraíso?

Fatal Model, que tal inaugurar essa categoria no site? Acho que seria sucesso de vendas. Só vão precisar profissionalizar os homens na arte de resolver problemas porque está difícil até achar quem saiba trocar a resistência do chuveiro…


E o seu marido, tá dando conta? Ou você também contrataria um marido de aluguel? Deixe nos comentários!

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