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Por que os homens buscam Acompanhantes?

Por que os homens buscam Acompanhantes?

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Redação josef.santos

2 minutos de leitura

Uma das sensações mais arrebatadoras que existem é a de estar apaixonado. No livro “Paixão Simples”, a escritora francesa Annie Ernaux relata seu caso amoroso com um homem casado. A devoção com que ela se entrega ao amante beira o enlouquecimento: seus dias consistem em esperar pela ligação que antecede sua chegada, em preparar-se para recebê-lo, consumida pelo ciúmes de imaginá-lo com outra mulher e pelo medo de que ele simplesmente não volte mais. Seu único momento de “paz” é quando estão juntos; completamente entregues ao prazer e à possibilidade de serem apenas aquilo: desejo.

Essa reflexão me levou de volta ao processo de escrita de um dos meus livros, o “Por que os homens me procuram?”, lançado com o intuito de elucidar uma das questões mais recorrentes desde que o mundo é mundo: por que os homens procuram garotas de programa? 

Quando penso nas narrativas mais famosas – seja na literatura, no cinema ou na música – cujas protagonistas são prostitutas, o sentimento que me vem instantaneamente é o arrebatamento. Trata-se de uma espécie de encanto, um furor, causado por essa figura envolta em mistério, com uma mitologia própria, saída das profundezas dos círculos infernais de Dante e, por isso mesmo, tão atraente.

É exatamente essa magia que o cliente busca quando contrata acompanhantes. Talvez ele não consiga – ou não queira – nomear o motivo de estar ali, especialmente se estiver em um relacionamento “feliz”. É difícil entender e aceitar que a calmaria do amor quase nunca é páreo para a urgência do desejo. 

Se partirmos do pressuposto de que o desejo está na falta, como propõe Freud, a previsibilidade do amor talvez não possa oferecer a sensação vertiginosa de se conectar a alguém que não nos oferece nenhuma garantia.  Não saber se veremos a pessoa novamente, supor que ela tenha outro(s), consumir cada neurônio com possíveis cenários de nunca mais é uma perspectiva enlouquecedora e aditiva. Nos drogamos de paixão e sofremos as consequências de sua abstinência. Passamos a viver em uma bolha.

O encontro de acompanhantes com o seus clientes é um simulacro desse cenário. A porta do quarto se fecha e o mundo lá fora deixa de existir. O real é o aqui, agora. A única certeza é o desejo.

Por um breve período de tempo, a vida real  – ou seria essa a vida irreal? – se perde de nós e somos transportados diretamente para Wonderland (o País das Maravilhas), onde não existem cobranças, nem irritamentos, nem desafetos. Somos vazio. Somos pura e simplesmente gozo. Voltamos a um estado desejante primitivo em que só deixamos a alcova quando o mundano bate à porta e nos diz: não é possível viver só de carne. Não se pode viver embebedado de luxúria.

Quando a vida me chama pra fora da bolha, me obrigando às frivolidades do cotidiano, tenho ganas de me tornar Cristo, e transformar o tédio da água, em furor de vinho. E me fartar do outro, sem hora para acabar, numa festa sem fim, onde a ressaca não tem lugar.

Você entende o que quero dizer?


Fatal Model o maior site de acompanhantes do Brasil.

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