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Porto Alegre alagada: apoio às Trabalhadoras Sexuais

Porto Alegre alagada: apoio às Trabalhadoras Sexuais

Foto de Redação josef.santos

Redação josef.santos

2 minutos de leitura

Eu juro que gostaria que essa coluna começasse do mesmo jeito leve que tenho procurado trazer nas minhas colunas na Fatal. Falar sobre sexualidade, trabalho, amadurecimento tem me feito muito feliz. No entanto, o estado onde eu nasci e vivo passa pelo que provavelmente seja a pior catástrofe climática de sua história até agora. A minha cidade, Porto Alegre, a capital dos gaúchos, está parcialmente embaixo d’água, alagada, e um dos bairros que sofre com isso é o bairro onde eu moro há cinco anos, o São Geraldo. Todo o chamado 4° Distrito foi fortemente afetado, junto com Humaitá, o aeroporto, Centro Histórico e outros.

Quando esse texto for publicado, já estarei há mais de duas semanas sem acesso à minha casa.

Uma particularidade da região onde moro é o fato de ela ficar muito perto do que podemos chamar de “zona” da cidade. A expressão talvez esteja caindo em desuso, mas a atividade não. Mesmo com o surgimento dos sites, muitas trabalhadoras continuam exercendo seu trabalho a partir das ruas, e Farrapos, Voluntários e arredores são alguns dos locais onde isso acontece aqui em Porto Alegre. Ou acontecia, já que toda essa região está no momento alagada. Uma enchente de proporções absurdas, confirmando a crise climática pela qual passamos, ainda que muitos insistam em negar.

O fato é que estamos embaixo d’água, muitas de nós perdemos tudo, nosso trabalho ficou bastante afetado.

Algumas pessoas têm me procurado para saber como apoiar as trabalhadoras sexuais. Nós não estamos nem mais nem menos vulneráveis que nenhum outro profissional autônomo em outra atividade. Mas estamos, sim, muito vulneráveis. Eu tenho indicado, então, apoiar em Porto Alegre o NEP-POA através da chave pix [email protected], que é a única instituição que conheço fazendo arrecadação para este grupo específico. E se você tem amigas no RS pedindo apoio, não hesite em enviar diretamente a elas seu apoio também. A situação no sul está difícil, e vamos demorar para nos reorganizar.

De resto, é torcer para o rio baixar logo, e força na retomada. Sigamos firmes, logo isso tudo passará.


Leia mais da nossa colunista Monique Prada:

https://fatalprod.josef.com.br/blogcolunistas/pagar-por-sexo-como-alternativa-a-solidao/

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