No dia 18 de março de 2023, o jornalista Gustavo Poli publicou em sua coluna no jornal O Globo um artigo intitulado “Modelo Fatal”. Nele, o jornalista faz uma associação equivocada entre a Fatal Model, plataforma de anúncio para acompanhantes, e as casas de apostas patrocinadoras do Campeonato Carioca de Futebol. Além disso, afirma erroneamente que a Fatal Model seria uma agência de profissionais do sexo.
Desde então, tentamos contato com o jornalista para esclarecer a situação e solicitar providências, porém sem sucesso. Dada a relevância do tema e a preocupação com a veracidade das informações, optamos por tornar pública a mensagem enviada a Gustavo Poli.
Conhecemos e admiramos a biografia do jornalista Gustavo Poli, sua seriedade e lucidez em relação à responsabilidade da profissão. Sua trajetória demonstra um compromisso constante com a apuração correta e a transparência das informações. Diante disso, causa-nos estranheza a ausência de retorno aos nossos contatos e a falta de esclarecimentos a respeito do equívoco apresentado em sua coluna.
Prezado Gustavo Poli,
Antes de tudo, queremos expressar nossa imensa admiração por sua trajetória profissional, verdadeira inspiração aos jornalistas que temos na equipe. Seu estilo único de escrita envolve e faz refletir sobre temas relevantes. Para contribuir, gostaríamos de esclarecer alguns pontos em relação à sua coluna “Modelo Fatal” e solicitar uma correção importante.
Há um grave equívoco em relação ao modelo de negócio da Fatal Model: contrariando o que foi escrito, nossa empresa não é uma agência de profissionais do sexo. Agenciar seria o mesmo que servir de agente; intermediar – o que poderia ser até considerado crime de rufianismo. Aqui estamos diante de uma plataforma de anúncio, de publicidade adulta, como um classificado de jornal. O próprio interessado no serviço entra em contato diretamente com quem quer contratar, faz a negociação etc. Dizer que a Fatal Model é uma agência de profissionais do sexo seria o mesmo que dizer que todo jornal com anúncio adulto assim o é. Nesse sentido, o vídeo do jurista Tássio Denker é muito elucidativo sobre o tema e merece o apreço https://youtu.be/xLzmw-9m5dY
Imaginamos o quanto pode chocar um site de anúncios para acompanhantes conseguir financiar uma importante competição de futebol. Como você mesmo aponta, há nove casas de apostas que patrocinam o Carioca, mas a repercussão nas redes sociais “fatalmente” fica por conta da Fatal Model. Por que tem todo esse apelo? Envolver sexualidade, quebra de estigmas e tabus pode ser uma pista à resposta.
O próprio texto traz, de maneira brilhante, um debate que vale a pena. Antes, os xingamentos aos juízes e jogadores em estádios de futebol sempre foram gritos de “filhos da p…”. Pois bem, agora, profissionais do sexo, que sempre foram coadjuvantes, estão literalmente bancando o campeonato. As pessoas “acompanhantes” – como 85% preferem ser chamadas segundo pesquisa que realizamos – são quem pagam seus anúncios na Fatal Model e com isso financiam a competição, viabilizando o patrocínio que nada tem de apelo sexual, pois, não apenas parece, mas é, sim, um pedido por respeito, segurança e dignidade.
Como se sabe, a atividade das casas de apostas era proibida no país e recentemente saiu da ilegalidade, mas ainda pende de regulamentação para a questão da tributação. Relacionar a atividade da Fatal Model com as casas de apostas é, no mínimo, impróprio e forçado, com todo respeito.
A atividade de quem trabalha como acompanhante é reconhecida pelo Ministério do Trabalho há mais de vinte anos no Brasil e não é uma novidade. Assim como a comercialização de espaço publicitário para esse nicho, que é totalmente regularizado e regulamentado. Ao contrário das casas de apostas, não há qualquer pendência com o fisco, o Leão não está na espreita e o sistema de tributação é hígido há anos.
Esperamos ter esclarecido esses pontos e ressaltamos que a Fatal Model é uma plataforma absolutamente dentro da lei e regulamentada, que fornece um serviço de anúncio para profissionais do sexo, garantindo sua segurança e privacidade. Não somos uma agência e nossa atividade não tem relação com as casas de apostas presentes no Carioca. O debate sobre a regulamentação e tributação dessas empresas é importante, mas é importante que se faça a distinção correta entre as atividades de cada uma delas.
Agradecemos a oportunidade de fazer esses apontamentos, de indicar o reparo na informação, e reiteramos nossa admiração pelo seu trabalho.
Atenciosamente,
Diretoria de Marketing, Fatal Model
A Fatal Model não é uma agência de profissionais do sexo, mas sim uma plataforma de anúncios, de publicidade adulta. Como em um classificado de jornal, os interessados nos serviços entram em contato diretamente com quem querem contratar, negociam e fecham acordos sem intermediação de nossa parte.
É importante mencionar também que a atividade de acompanhante é reconhecida pelo Ministério do Trabalho há mais de vinte anos no Brasil. A comercialização de espaço publicitário para esse nicho é totalmente regularizada e regulamentada, ao contrário das casas de apostas, que ainda pendem de regulamentação quanto à tributação.
O patrocínio da Fatal Model ao Campeonato Carioca não tem apelo sexual. Trata-se de um pedido por respeito, segurança e dignidade para os profissionais do sexo que anunciam em nossa plataforma.
Assim, reiteramos que a Fatal Model é uma plataforma absolutamente dentro da lei e regulamentada, que fornece um serviço de anúncio para profissionais do sexo, garantindo sua segurança e privacidade. Não somos uma agência e nossa atividade não tem relação com as casas de apostas presentes no Carioca.
Ao tornar pública essa mensagem, esperamos promover um debate saudável e esclarecedor sobre o tema, sempre prezando pela veracidade das informações. Agradecemos a atenção e convidamos todos a acompanhar nosso blog para mais informações e atualizações.