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Sexualidade e a profissão de acompanhante: mulheres lésbicas que precisam abrir mão da sua orientação sexual para trabalhar

Sexualidade e a profissão de acompanhante: mulheres lésbicas que precisam abrir mão da sua orientação sexual para trabalhar

Foto de Redação josef.santos

Redação josef.santos

3 minutos de leitura

Ainda que exista espaço e público para todos os gêneros, não há como negar que, no ramo de acompanhantes, a grande maioria das pessoas que trabalha nessa área é do sexo feminino. Da mesma forma, os clientes que vão em busca dessas mulheres são os homens. E o que isso significa? Mulheres lésbicas acabam tendo que renunciar da própria orientação sexual para conseguir trabalho nesse ramo.

Isso acontece porque, como já dito, grande parte dos clientes pertence ao público masculino. É claro que a maioria dos homens não vê problema em sair com mulheres lésbicas (muitos, inclusive, têm fetiche por isso). A questão, aqui, é: onde fica a vontade dessas mulheres? Elas realmente não têm escolha?

Acompanhantes lésbicas não precisam se submeter a nada

Embora seja comum que mulheres lésbicas deixem de lado sua orientação sexual para saírem com clientes, essa prática precisa ser realizada quando elas realmente querem, jamais por “obrigação”.  Afinal, não há nada mais desconfortável do que sair com pessoas de gêneros que não sentimos atração, não é mesmo?

Acompanhantes lésbicas precisam levar em conta que o público de clientes pode perfeitamente contemplar outras lésbicas. Isso porque, embora sejam a maioria, não são somente os homens que buscam por prazer na nossa plataforma.

Agora, não podemos desconsiderar que muitas pessoas que entram no ramo de acompanhantes na grande maioria das vezes nem escolhem os clientes e os atendimentos que irão realizar, já que o que elas realmente precisam é do dinheiro. Não há problema nenhum em fazer isso. Essa é uma questão de escolha, que toda acompanhante é livre para fazer.

O problema acontece quando essas mulheres acabam se forçando a realizar atendimentos que não querem, por acreditar que não haverá alternativas. E trabalhar nessas condições, por “obrigação”, acaba trazendo infelicidade e frustrações para qualquer acompanhante. Por isso é importante reforçar que toda profissional do sexo lésbica pode, e deve, escolher apenas os serviços que se sintam confortáveis em realizar, sem cobranças.  

Lembre-se: a plataforma Fatal Model é uma das mais inclusivas do Brasil. Portanto, sempre haverá acompanhantes e, consequentemente, clientes, para todos os públicos. Não é preciso fazer o que não se quer para agradar outras pessoas – pense primeiro em você.

A voz lésbica na importância da luta pela liberdade de gênero.

Você sabia que no dia 28 de junho comemora-se o Orgulho LGBTQIA+? A data foi escolhida como uma homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade gay pelos seus direitos: a revolta de Stonewall. Trata-se de um evento ocorrido no bar Stonewall Inn, em Nova York (EUA), em 28 de junho de 1969.

O bar, que era majoritariamente frequentado pela comunidade gay, acabava sendo alvo frequente de revistas policiais – que, não à toa, escolhiam a dedo os bares para fazer sua ronda, quase sempre de maneira bastante violenta. Era uma clara repressão à comunidade LGBTQIA+. 

No dia 28 de junho daquele ano, os policiais invadiram, como de praxe, o bar. Entre as ações praticadas, começaram a apreender travestis e drag queens, já que eles “não estariam utilizando roupas adequadas para seu gênero”. Conta história que, diante dessa situação, uma mulher, lésbica, teve a coragem de tomar a iniciativa e gritar: “por que não fazemos alguma coisa?”. Foi o que bastou para que todos os frequentadores reagissem, resultando uma grande rebelião naquela madrugada.

Percebe a importância da voz dessa mulher, em meio a milhares de outras vozes até então silenciadas? Ter a coragem e a ousadia de questionar ordens, em meio a tamanha repressão, foi um marco que mereceu ser lembrado ao longo do tempo e se tornar o atual Dia do Orgulho LGBTQIA+. Que essa ousadia sirva de exemplo para todos nós!

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